Com a entrada no novo ano muitas são
as mudanças desejadas por cada um de nós. À semelhança do ano anterior faz-se a
já habitual revisão no que diz respeito aos também novos preços que se
avizinham em 2016, ano em que se espera uma inflação de cerca de 1.1%, segundo
previsões do Banco de Portugal (BdP). Se a previsão do BdP se confirmar, 2016
será o primeiro ano, após 2013, em que a inflação irá ultrapassar a barreira de
1%.
Os
vários motivos para a aceleração progressiva dos preços esperada para 2016
passam pelo impacto resultante da descida de preços registados em 2015 e que
muito dificilmente se repetirão em 2016. Entre estas descidas está a dos
combustíveis, resultante da queda acentuada do custo do petróleo. Outro motivo
é o acentuar da depreciação do euro face ao dólar, pressionando o aumento dos
preços dos bens importados. Por fim, espera-se a progressiva recuperação do
consumo em Portugal durante 2016.
Vejamos então quais as alterações
esperadas e em que produtos e serviços ocorrerão. Comecemos então pelas
notícias menos boas, as subidas de preço.
Produto/serviço
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+ 2% a 3%
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Pão
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Diferente do que
aconteceu em 2015 onde o a Associação do Comércio e da Indústria de
Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP), afirma que o preço do pão terá
"pequenos ajustamentos de 2% a 3% em 2016”. Esta atualização tem em
conta os custos agravados da energia e a atualização do salário mínimo para
os 530 euros já a partir de Janeiro.
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+0,9% ou 2,5%
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Eletricidade
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A Entidade Reguladora
dos Serviços Energéticos (ERSE) estima um aumento médio de 2,5% das tarifas
de eletricidade. Os beneficiários da tarifa social que em 2015 viram a sua
fatura diminuir, em 2016 também terão um aumento de 0,9%.
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+2,5%
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Telecomunicações
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A Vodafone e a MEO vão
aumentar em cerca de os 2,5%.
A NOS adianta que “o
aumento dos preços varia com a tipologia do serviço ou pacote subscrito, não
havendo um valor de referência para toda a base”.
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+2%
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Casas
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Depois da recuperação
verificada em 2015, o preço das casas deverá aumentar 2% nos próximos 12
meses, segundo a expetativa dos inquiridos no Portuguese Housing Market
Survey (PHMS).
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+ 0,05 a 0,15 cêntimos
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Portagens
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O preço das portagens
sobe cinco cêntimos em 2016, mas o aumento é limitado a 10% dos troços das
autoestradas portajadas, mantendo-se inalteradas nas restantes, segundo o
Ministério do Planeamento e das Infraestruturas.
Já nas pontes 25 de
Abril e Vasco da Gama, a atualização varia entre os cinco cêntimos (classe 1,
em ambas as pontes) e 15 cêntimos (classe 4, na ponte Vasco da Gama).
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+3,3% a 6%
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Água
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O preço da água vai
subir em média 33 cêntimos por mês para a maioria dos clientes domésticos da
EPAL a partir de 01 de janeiro, mas mantém-se a tarifa social e a familiar.
A água da capital é a
que mais aumenta no próximo ano face aos maiores concelhos do país. Nos dez
mais populosos, metade vai subir os preços e a outra metade vai congelar ou
até baixar os preços. Por exemplo, no Porto, o preço da água sobe 3,3%,em
Cascais, a autarquia vai reduzir em 0,5%.
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+ até 20%
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Comissões bancárias
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Alguns dos principais
bancos vão aproveitar o novo ano para atualizar comissões. A CGD tem das
subidas mais acentuadas, onde o aumento pode chegar aos 20% na
comissão anual de utilização dos cartões multibanco Caixautomática Electron e
Maestro.
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+0,3%
a 0,5%
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IMI
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De
um total de 308 autarquias, 294 já comunicaram o valor que irão cobrar aos
munícipes. A maioria manteve as taxas mínimas, 41 optou por descer e apenas
três decidiram subi-la. É o caso de Felgueiras, Aveiro e Mourão.
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Na
próxima publicação veremos que nem só de aumentos viverá o ano de 2016.
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