Nem tudo são más notícias e nem só de
aumentos de preços viverá o ano de 2016, também se prevê a descida de preços
para alguns produtos e serviços. São eles:
Produto/serviço
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Medicamentos
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À semelhança do que
aconteceu em 2015, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde
(Infarmed) aponta para que os portugueses poupem em 2016 um total de 14
milhões de euros com fármacos. A descida resulta de uma revisão anual do
preço dos medicamentos, decorrente da comparação dos preços nacionais com os
preços praticados nos Estados-membros que servem de referência: Espanha,
França e Eslováquia.
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Taxas moderadoras
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O ano de 2015 arrancou
com a redução das taxas moderadoras pagas pelos utentes nos hospitais, na
ordem dos 0,05 euros. Para 2016, o agora ministro da Saúde, Adalberto
Fernandes, prometeu uma revisão global do atual modelo de pagamento. Mais do
que reduzir os valores, o primeiro objetivo será criar algumas exceções. Uma
delas já é conhecida: isentar os dadores de sangue de todas as taxas no
Serviço Nacional de Saúde. Outra medida é isentar os doentes que cheguem aos
hospitais encaminhados pelo médico de família ou pela Linha Saúde 24.
Nos Serviços de
Atendimento Permanente (SAP) em vez de 10 euros passam a ser cobrados 5
euros, valor igual ao praticado nos centros de saúde. Já a interrupção
voluntária da gravidez por opção da mulher passou a ser paga: 7,75 euros. Nas
urgências hospitalares, podem ser necessários vários meios de diagnóstico de
valor avultado, mas o utente pagará, no máximo, 50 euros pelo atendimento
(consulta e exames médicos).
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Prestação da casa
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Após a queda vertiginosa
das taxas Euribor, nos últimos quatro anos, esta tendência de redução deverá
manter-se durante mais alguns meses, embora a um ritmo muito mais lento. A
Euribor a três e a seis meses já acumula valores negativos desde Abril, a
Euribor a três meses está em - 0,131%, e a 6 meses está em - 0,041%. A
descida é explicada pelas medidas do Banco Central Europeu (BCE) para tentar
reanimar as economias da zona euro. Consequentemente, perspetiva-se que os
custos com a prestação da casa continuem a diminuir.
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Por fim, alguns bens irão manter os
seus preços. São eles:
Produto/serviço
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Leite e queijo
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O embargo da Rússia aos
produtos europeus, leite incluído, e a quebra de procura por parte da China
provocaram uma descida do preço pago aos produtores, num cenário de aumento
de produção. Segundo a Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios.
“Tendo em conta os últimos dados estatísticos e da produção do leite, não há
condições objetivas hoje para prever que os preços do leite e dos produtos
lácteos possam ter um incremento. No queijo estamos a falar de preços de há
20 anos…”.
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Restauração
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Apesar da descida do IVA
na restauração de 23% para 13% estar nos planos do governo socialista, o
sector já veio avisar que isso não será sinónimo de redução de preços, já que
conforme comunicado pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal,
nos últimos anos, os empresários não aumentaram os preços e assumiram o
agravamento do imposto.
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Gás
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As tarifas reguladas do
gás ficarão inalteradas no início do ano, pois foram revistas a 1 Julho.
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Renda
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O Índice de Preços ao Consumidor,
que serve de referência para as atualizações em 2016, fixou-se em 0,16%.
Assim, os proprietários só poderão aumentar as rendas nessa percentagem que,
de tão reduzida, pode levar muitos senhorios a manter os valores atuais.
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Transportes
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Os preços dos
transportes públicos de Lisboa e Porto não vão sofrer qualquer alteração no
ano que se avizinha. Mantendo se as tarifas em vigor na Carris, no
Metropolitano de Lisboa, na STCP, no Metro do Porto e na Transtejo/Soflusa.
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Por
fim, quanto ao preço dos combustíveis este tem vindo a ser pressionado pela
queda há cerca de um ano e meio empurrando para baixo o preço dos combustíveis.
Não há certezas quanto à evolução do preço do petróleo em 2016. O que parece
certo é que a oferta global deverá continuar a exceder a procura, sobretudo
depois de, em Novembro, os 12 países da Organização dos Países Exportadores de
Petróleo não terem chegado a acordo para baixar os limites de produção. O que
em Portugal não se deverá refletir numa redução do preço dos combustíveis,
fruto do aumento dos impostos.
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