O crédito ganha expressão em Portugal na década de noventa como consequência da desregulamentação do sistema bancário nacional e da descida das taxas de juro. Simultaneamente, as instituições bancárias deixaram de ter exclusividade na concessão de crédito a particulares, surgindo outras instituições, hoje vulgarmente conhecidas como financeiras que vieram facilitar, o acesso ao crédito. Se até meados dos anos 90 os portugueses apresentavam um baixo nível de endividamento, depressa esse cenário se alterou. O maior consumo, fruto do desenvolvimento e modernização da sociedade, levou à necessidade de financiamento. Assim, a maior facilidade no acesso ao crédito veio possibilitar melhorar o conforto e a qualidade de vida, ao permitir satisfazer as necessidades pessoais e sociais.
Mas não se pense que este aumento do crédito se sucedeu apenas do lado dos particulares, o Estado português como representante do país seguiu a mesma tendência e fez crescer a sua dívida. No entanto, a tendência crescente do crédito dos particulares tem-se alterado desde 2011, devido às maiores exigências impostas pelas instituições de crédito, como consequência do elevado número de incumprimentos que derivou da facilidade de acesso ao crédito. Já do lado da dívida pública não se verifica um abrandamento do seu crescimento, muito pelo contrário, desde 2010 que o crescimento é bastante mais acentuado que em anos anteriores.
Sem comentários:
Enviar um comentário